Alugar ou comprar um imóvel? Descubra a melhor opção

Por: Ariane Terrinha em 15/04/2024
alugar ou comprar um imóvel

Alugar ou comprar um imóvel: o que é melhor? Essa é uma das principais dúvidas dos brasileiros. Comprar uma casa pode ser algo muito bom, mas tornar-se proprietário antes de estar pronto pode ter caras consequências.

Quanto você economizou, quanto tempo permanecerá em um local e as condições atuais do mercado são os principais fatores para decidir se você deve alugar ou comprar.

Para a maioria de nós, comprar uma casa (ou não) é a maior decisão financeira de nossa vida. Por isso, é muito importante levar em consideração o momento que estamos vivendo.

Entendendo o mercado imobiliário atual

O mercado imobiliário brasileiro apresenta particularidades que devem ser cuidadosamente avaliadas ao escolher entre alugar ou comprar um imóvel. Atualmente, observa-se uma forte influência das taxas de juros, tanto na capacidade de financiamento quanto no retorno de investimentos em imóveis. A política econômica do país e a oferta e demanda por imóveis também moldam os preços e a disponibilidade de boas opções no mercado.

  • Taxas de Juros: A taxa Selic, definida pelo Banco Central, é um dos principais indicadores que influenciam tanto o custo do financiamento imobiliário quanto o retorno de investimentos no setor. Taxas mais baixas podem tornar o crédito mais acessível e estimular a compra, enquanto taxas mais altas podem desacelerar o mercado.
  • Oferta e Demanda: Regiões com alta demanda por moradia tendem a apresentar preços mais elevados, tanto para compra quanto para aluguel. A compreensão dessa dinâmica é crucial para identificar oportunidades de mercado e negociar melhores condições.

A análise das tendências atuais do mercado imobiliário pode fornecer insights valiosos sobre o melhor momento para comprar ou alugar, considerando a expectativa de valorização ou depreciação dos imóveis.

O mito do sonho da casa própria

Casa própria é o principal sonho da população brasileira. A sensação de segurança, bem-estar, um cantinho para chamar de seu, de conquista de uma vida inteira de trabalho árduo faz com que o imóvel encabece a lista de desejo dos brasileiros.

“Fuja do aluguel, concretize o sonho da casa própria” é o banner chamativo que tem na cabeça da maioria da população brasileira.

Mas será que é isso mesmo? Será que vale a pena qualquer coisa para comprar um imóvel ao invés de alugar? Vamos aos fatos!

Prós e contras de alugar um imóvel

Alugar um imóvel apresenta vantagens e desvantagens que devem ser consideradas à luz das necessidades e condições de cada pessoa.

Vantagens

  • Flexibilidade: O aluguel permite maior mobilidade, sendo uma opção interessante para quem precisa se mudar com frequência por motivos de trabalho ou estudo.
  • Menor responsabilidade com manutenção: Geralmente, as grandes manutenções são responsabilidade do proprietário, reduzindo os custos inesperados para o inquilino.
  • Liberdade financeira: Alugar pode permitir a alocação de recursos em investimentos com maior liquidez ou rentabilidade.

Desvantagens

  • Falta de patrimônio: O valor pago no aluguel não contribui para a formação de patrimônio.
  • Instabilidade: Contratos de aluguel possuem prazos determinados, e o inquilino pode ser obrigado a se mudar ao fim do contrato.
  • Limitações: Pode haver restrições para personalização do imóvel, dependendo do acordo com o proprietário.

Prós e contras de comprar um imóvel

A compra de um imóvel é um sonho para muitos, mas também requer uma análise das vantagens e desvantagens.

Vantagens

  • Construção de patrimônio: Comprar um imóvel é uma forma de investimento a longo prazo.
  • Estabilidade: Proporciona uma moradia estável, sem preocupação com término de contratos de aluguel.
  • Personalização: Ao possuir um imóvel, há total liberdade para reformas e personalizações.

Desvantagens

  • Alto investimento inicial: A compra geralmente requer um grande aporte financeiro inicial, como a entrada no financiamento.
  • Custos adicionais: IPTU, manutenção, reformas e taxa de condomínio são responsabilidades do proprietário.
  • Risco de desvalorização: O imóvel pode sofrer desvalorização por diversos fatores econômicos ou estruturais.

Alugar, comprar um imóvel ou financiar? Entenda os argumentos

Aqui vamos tratar o imóvel como moradia. A conversa de imóvel para investimento fica para depois.

O argumento de quem compra é de que pagando à vista eu não pago prestação com financiamento.

O imóvel quitado é 100% do dono que pode, assim, fazer várias modificações nas instalações. Além disso, argumenta-se que o imóvel comprado se valoriza ao longo do tempo e, assim, se o comprador precisar, poderá vendê-lo mais caro.

Custos envolvidos na aquisição

Muitas famílias tentam comprar um imóvel no limite máximo de dinheiro disponível para esse empreendimento esquecendo-se completamente dos custos invariáveis que um imóvel tem.

Quem compra à vista tem a sensação de ficar livre de parcelas de financiamento ou aluguel. Mas o erro consiste em imobilizar um capital grande, às vezes todo o capital familiar construído fruto do trabalho, em um empreendimento que gera despesa. Principalmente os mais jovens que têm uma longa carreira pela frente.

Lucro Futuro

O argumento de quem financia é bem parecido de que quem compra: não pago prestação de aluguel para os outros, a prestação do financiamento é mais baixa e o imóvel é meu e eu posso mudar a estética dele a hora que eu quiser sem me preocupar com o proprietário deixando uma cartinha de baixo da porta pedindo a dispensa do inquilino.

Também se tem o argumento de que o imóvel se valoriza e poderá ser vendido com lucro futuramente. Os dois argumentam de que imóvel próprio é investimento. Então, novamente, temos famílias dando a maior entrada possível no financiamento para pagar a parcela do financiamento no limite de sua renda e negligenciando completamente todos os custos proveniente do imóvel.

Geralmente contratos de financiamentos imobiliários são de longo prazo. Famílias costumam negligenciar que financiamento é uma dívida. Você não paga aluguel do imóvel, mas paga aluguel do dinheiro que o banco te emprestou em forma de juros, pois você não tinha esse montante. Assim, uma dívida de 40 anos é feita. Caso você não honre essa dívida, você sairá do imóvel, porque, na verdade, esse ativo é do banco e não seu.

Muitas vezes, o argumento de quem aluga é uma espécie de vítima. No meio de uma conversa, muitas vezes, quem mora de aluguel fala em tom desanimador.

A sensação que essa pessoa demonstra é que ela não tem dinheiro nem para dar entrada em um financiamento e nem para comprar um à vista. São raros os que alugam um imóvel com convicção. Dos que alugam com certeza, o argumento é de que ele está no momento de acúmulo de capital e de que tem algum investimento que dá um retorno para ele maior que o pagamento de aluguel.

Imóvel próprio é investimento?

O balanço patrimonial pessoal pode ser considerado uma fotografia da situação do patrimônio de uma pessoa em determinado momento. Ele releva o que foi feito com a renda percebida ao longo da vida e indica se os recursos foram utilizados de forma construtiva, visando formar um patrimônio.

A soma de todos os ativos (valor atual de mercado), descontadas as dívidas (saldo devedor), resultará no patrimônio líquido do indivíduo, que é a riqueza formada até aquela data. Considera-se imóvel como um ativo pessoal ou, no popular: um patrimônio.

O problema não está nesse conceito, mas no entendimento dele. É interessante distinguir os ativos de uso pessoal, que geram despesas, e os ativos que geram renda.

Imóvel Próprio: fonte de renda ou fonte de despesa?

O imóvel residencial é considerado um ativo de uso pessoal. Ele proporcionam conforto e bem-estar, entretanto, é uma fonte de DESPESA. Pode ser no m² mais caro da cidade ou até no menos valorizado, uma coisa é certa, o ativo imobilizado DEPRECIA.

Depreciação é a perda do valor de um bem por seu uso, desgaste ou obsolescência. Você “consome’’ esse imóvel e ele não te gera receita constante. O imóvel fica velho, constrói um ao lado mais moderno e acaba desvalorizando o seu, manutenções pelo uso e desgaste com o tempo.

E é aqui que se invalida o argumento de que imóvel para uso de moradia é investimento. Entenda de uma vez por todas: se o imóvel não te gera renda proveniente de ganho na valorização ou locação, ele é para você fruto de despesa e, portanto, não é investimento!

Esse erro de conceito é comum nas famílias brasileiras e a consequência disso são famílias sem fontes de receita de trabalho ou de investimentos mesmo com um imóvel quitado, mas com manutenção precária, dívidas de IPTU, água, luz e condomínio.

Muitas vezes, para quitar todas essas dívidas, vende-se o imóvel e o patrimônio familiar diminui gerando a sensação de desconforto e de que uma vida inteira de esforço escorre pelas mãos

Essa abordagem ficando clara, vamos mostrar se é melhor comprar ou alugar.

Seu momento de vida define alugar ou comprar o imóvel

A compra ou aluguel de um imóvel não pode ser decidida apenas levando em consideração o financeiro. O sonho da casa própria não deve ser negligenciado, mas deve ser planejado da forma correta.

Então, a escolha correta entre compra e aluguel deve ser feita pensando no montante de capital que você tem e no seu momento de vida. Como assim?, talvez você esteja se perguntando.

Antes de tomar a decisão de alugar ou comprar, é essencial avaliar sua saúde financeira. Isso inclui entender sua renda, seus gastos fixos e variáveis, sua capacidade de poupança e seus planos a curto e longo prazo.

  • Orçamento: Elabore um orçamento detalhado, incluindo todas as receitas e despesas. Isso ajudará a determinar quanto você pode comprometer com moradia sem comprometer outros aspectos da sua vida.
  • Emergências: Considere se você possui uma reserva para emergências que possa cobrir de 3 a 6 meses de despesas, incluindo o custo do aluguel ou da parcela do financiamento.
  • Planos futuros: Pense em seus objetivos a longo prazo. Comprar um imóvel pode ser um investimento sólido se você planeja permanecer na mesma área por muitos anos. Por outro lado, se você antecipa mudanças significativas, como um novo emprego em outra cidade, alugar pode fazer mais sentido.

Com uma escolha consciente, o aluguel não te deixa “imóvel” e você não terá a sensação de desconforto por morar de aluguel.

Alugar ou comprar um imóvel: como decidir?

Após um período de concentração grande de capital, você pode escolher se continua morando de aluguel ou se compra um imóvel, seja financiado ou não.

O aluguel para recém-casados, que ainda estão moldando a família com a criação de filhos, pessoas em começo de carreira profissional com perspectiva de transferência de emprego e cargo, com absoluta certeza, devem alugar. Só é válida a compra caso a família tenha um grande patrimônio.

Para valer a pena morar de aluguel, deve-se avaliar se o patrimônio alocado nos investimentos da família proporcionam uma renda superior caso a família fosse adquirir esse imóvel.

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Na ponta do lápis

Se o lucro dos negócios familiares for maior, a escolha é aluguel. Se o aluguel for superior, é melhor a compra do imóvel e entendendo que uma parte do patrimônio familiar será consumido pelo imóvel e ficará imobilizado. A compra é válida desde que a renda da família não diminua e nem os custos da nova moradia apertem o orçamento doméstico.

No Brasil, é difícil encontrar um ativo com retorno superior ao do financiamento. Caso a pessoa tenha rentabilidade superior, ela com certeza deve financiar esse imóvel, pois a renda proveniente dos seus investimentos supera o custo da dívida e em vez dela comprar um imóvel a vista, ela financia.

O melhor ativo que um ser humano pode ter é uma vida sem dívidas, mas consciente dos números, essa é uma estratégia assertiva e inteligente de escolha.

Quando alugar é a melhor opção

Alugar pode ser a melhor escolha em várias situações:

  • Flexibilidade necessária: Mudanças frequentes de cidade ou país.
  • Compromisso financeiro: Incerteza na estabilidade financeira a longo prazo.
  • Avaliação do mercado: Espera por uma baixa nos preços do mercado imobiliário.

Quando comprar faz mais sentido

Comprar um imóvel é mais indicado quando:

  • Estabilidade profissional e pessoal: Previsão de permanência na mesma cidade por muitos anos.
  • Condições financeiras favoráveis: Capacidade financeira para arcar com o investimento inicial e as despesas fixas decorrentes.

Conclusão: alugar ou comprar o imóvel?

O certo é planejar! Perceba que não tem erro em nenhuma escolha do imóvel. O erro está na forma de planejamento.

Um cantinho seu, com seu designer e sua arquitetura é o sonho de muita gente.

Mas esse sonho não pode te custar o preço de uma vida com dívida com uma aposentadoria infeliz.

Lembre-se de que não existe uma resposta única para todos. A melhor escolha depende das circunstâncias individuais.

Alugar pode oferecer flexibilidade e menos riscos financeiros no curto prazo, enquanto comprar pode ser um investimento sólido a longo prazo e oferecer estabilidade.

Antes de tomar sua decisão, consulte profissionais do ramo imobiliário, faça simulações de financiamento e considere falar com um planejador financeiro.

Alugando, financiando ou comprando faça a sua escolha com planejamento e te garanto que isso te trará mais retorno.

FAQ

1. Comprar um imóvel é sempre um bom investimento? Não necessariamente. A valorização do imóvel depende de vários fatores, como localização e condições do mercado.

2. É possível negociar o valor do aluguel? Sim, é sempre possível negociar o valor do aluguel, especialmente se você demonstrar ser um inquilino potencialmente bom e estável.

3. O que é mais vantajoso financeiramente, alugar ou comprar? Depende das condições do mercado, das taxas de juros e da sua situação financeira pessoal.

4. Posso usar o FGTS para comprar um imóvel? Sim, o FGTS pode ser utilizado na compra de imóveis residenciais, seguindo certas regras.

5. Qual a importância da localização na compra de um imóvel? A localização afeta a qualidade de vida, a valorização do imóvel e potenciais aluguéis.

6. O que considerar ao escolher entre alugar e comprar? Considere sua situação financeira, estabilidade profissional, flexibilidade necessária e objetivos de longo prazo.

7. Como o mercado imobiliário afeta minha decisão? O estado do mercado imobiliário pode influenciar os preços, disponibilidade e condições de financiamento.

8. Qual a diferença entre taxa de juros de aluguel e financiamento? A taxa de juros de um financiamento se refere ao custo do empréstimo para comprar um imóvel, enquanto o “juro” de um aluguel está implicitamente no custo mensal do aluguel, não sendo uma taxa separada.